quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Feira de Ciências - ENERGIA


OURO NEGRO
Das fogueiras nas cavernas e o surgimento da roda até as plataformas de petróleo e os velozes carros esportivos, a humanidade percorreu um longo caminho na busca de formas mais potentes de energia e de transportes mais velozes. Embora o petróleo tenha sido usado desde a Antiguidade, a perfuração dos primeiros poços comerciais no século XIX significou uma revolução para a humanidade. Desde então, os produtos derivados do petróleo se tornaram indispensáveis para a vida moderna.
Entre os avanços importantes neste campo, figura o desenvolvimento de novas tecnologias para o processamento e refino do óleo cru, bem como para a exploração de petróleo em águas profundas, da qual o Brasil é um dos pioneiros. Catalisadores reduziram a liberação de substâncias tóxicas durante o processo de refino da gasolina. Conversores catalíticos controlam as emissões de monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e de hidrocarbonetos dos automóveis, reduzindo a poluição ambiental. A grande promessa nos dia de hoje é o petróleo do pré-sal , encontrado abaixo dos 7 mil metros de profundidade, principalmente nas bacias de Campos, Santos e no Espírito Santo, um poço mais profundo e com novos desafios para engenheiros e químicos.
O desenvolvimento dos plásticos, a partir do petróleo, revolucionou os transportes, com a substituição de metais, melhorando a eficiência energética. Polímeros especiais introduziram inovações no design, no conforto, na durabilidade e na segurança dos automóveis. Revestem vidros, protegendo contra a ofuscação; estão presentes em airbags e pneus mais resistentes e menos poluentes.

COMBUSTÍVEIS MENOS POLUENTES
Na busca de combustíveis mais baratos e menos poluentes e de reduzir a dependência do petróleo, o Brasil lançou em 1975 o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), assumindo a vanguarda no uso de biocombustíveis. Processos químicos inovadores contribuíram para o sucesso do etanol, cuja adição à gasolina hoje é obrigatória. Atualmente, o mercado do álcool combustível encontra-se em franca expansão, principalmente com o desenvolvimento da tecnologia bicombustível, que permite ao motor funcionar com álcool ou gasolina. O Brasil lidera a produção e as vendas desses carros no mundo.
Obtido principalmente de óleos vegetais por meio de tecnologias simples e com preço competitivo, o biodiesel é um combustível derivado de fontes renováveis, assim como o álcool. A cadeia produtiva do biodiesel aproveita o resíduo do bagaço dos vegetais, como a soja, o girassol, o dendê e a mamona, entre outros, e resulta em outros coprodutos, como farelos, capazes de gerar renda. O mesmo processo leva à fabricação de glicerina, que possui diversas aplicações na indústria química.

SEM MEDO DE VOAR
Em 1783, o homem voou pela primeira vez em um balão movido a ar aquecido por uma chama. Começava então a corrida para a conquista dos céus, com o emprego de novos combustíveis, como o hélio e o hidrogênio, no caso dos balões, e derivados de petróleo de alta octanagem para as aeronaves. As viagens espaciais exigiram o desenvolvimento de novos compostos químicos, como propelentes sólidos à base de alumínio e perclorato de amônio como oxidante e aglutinante.
Os avanços na química de materiais levaram ao surgimento de ligas metálicas de alumínio e titânio, permitindo a fabricação de naves mais leves, estáveis em altas temperaturas e resistentes à corrosão. A exploração do espaço exigiu ainda o desenvolvimento de trajes e equipamentos, capazes de proporcionar mobilidade aos astronautas, estabilidade de temperatura e proteção contra a radiação.
Hoje, nanotubos de carbono tem sido usados para reforçar as asas dos aviões. Eles elevam ainda a condutividade elétrica do material em mais de um milhão de vezes, tornando as naves menos sujeitas aos danos causados pelos relâmpagos.

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